21.12.06

Ahmet Ertegun - O fim de uma era.

Ahmet Ertegun, fundador da Atlantic Records, um dos maiores nomes da indústria fonográfica mundial faleceu dia 14/12/2006. A era dos produtores musicais apaixonados por música tem mais uma marca de seu fim. Um dos maiores produtores de todos os tempos, Ertegun era antes e acima de tudo um apaixonado por música. Hoje a maioria dos produtores é apaixonado apenas por dinheiro. A Atlantic revelou ao mundo alguns dos maiores nomes do R&B, do Soul, do Jazz e do Rock. Foi responsável pela afirmação da música negra norte-americana, inclusive na época onde o racismo era amparado por lei nos EUA.
Sugestões:
1 - Filmes
Ray, sobre a vida de Ray Charles

2 - Livros:
Making Tracks: Atlantic Records and the Growth of a Multi-Billion-Dollar Industry. by Charlie. Gillett
What'd I Say: The Atlantic Story by Ahmet Ertegun.

3 - Sites:
http://www.atlanticrecords.com/home.jsp
http://www.atlanticrecords.com/ahmet/
http://www.bsnpubs.com/atlantic/atlanticstory.html

4 - Youtube





Militao Ricardo
Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor.
mrmaya@uol.com.br

26.8.06

Os Beatles Explicam a gravaçao de Tomorrow Never Knows

Uma aula de produção Musical!
Quem ouve hoje as colagens musicais atualmente feitas facilmente com computadores pessoais não imagina que (mais uma vez) as maquinas facilitaram fazer o que os Beatles fizeram manualmente na década de 60, de forma inédita, improvisando criativamente. Tape loops, fitas invertidas, voz através da caixa leslie e outras aventuras sonoras são alguns dos recursos usados.
A banda Inglesa continua inacreditavelmente atual.



Militao Ricardo
Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor.
mrmaya@uol.com.br

6.7.06

Ô ficha que demorou para cair... Sera que finalmente vao baixar os preços do CD?

Segundo materia publicada hoje no jornal O Globo Online

http://oglobo.globo.com/online/tecnologia/plantao/2006/07/05/284754837.asp

A gravadora Universal está se preparando para oferecer ao mercado europeu CDs em 3 versoes de cada album: luxo (cerca de 26 Euros - R$ 71,00), standart ( 15 euros - R$ 42,00) e econômica (10 euros - R$ 28,00). A última teria capa de papel, bem despojada. A multinacional da musica informa ter esperanças de fazer frente às vendas por download com a edição de luxo. Já os álbuns antigos deverão ter sua demanda estimulada pela edição econõmica.

Comentário:

- Os preços em Euro ainda são impraticáveis para o Brasil. Nem adianta tentar praticar estes preços aqui. A pirataria só iria agradecer.
- Esta queda de preço para mim sinaliza que as multinacionais começam a enxergar o fim do ciclo de vida do CD.
- Quero ver se esta iniciativa chega ao Brasil. Quando o CD custar R$ 10,00 voltará a vender bem. Se nao fôr tarde demais...

Militao Ricardo
Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor.
mrmaya@uol.com.br

16.5.06

Universal admite pratica de Jaba na justiça dos EUA!

Deu no new York Times!

Matéria publicada no New York Times (http://www.nytimes.com/2006/05/12/business/12payola.html) informa que a gravadora Universal Music admitiu práticas consideradas ilícitas e ilegais pela legislação daquele país. A gravadora pagava pela execucao de suas músicas em diversas emissoras de rádio daquele país. Laptops, iPods e outros presentes eram a moeda de troca. A compania seguiu o exemplo da Warner Music e da Sony-BMG que fizeram acordo com a justiça no ano passado e pagaram 5 milhões de dólares. A Universal acertou um pagamento de 12 milhões para se livrar das garras da lei.

Está aí pra quem nao acreditava. O jabá existe inclusive nos Estados Unidos, bem embaixo das barbas da lei. Quando vai cair então a máscara de hipocresia que cobre rostos no Brasil? Alias, quem leu a entrevista do Tutinha, dono da Jovem Pan no Brasil tambem já percebeu que a coisa aqui também é escancarada. Como haveria outra maneira de 20 por cento da producao fonográfica nacional (a cargo da majors) ocupar 80 por coneto do espaço de programacao musical nas rádios de maior audiencia? Como pode o sistema de rádio ignorar uma enorme, diversificada e qualificada producao musical que está sendo oferecida ao mercado pelas gravadoras nacionais, auto-intituladas independentes?

Talvez esta atitude das majors demonstre que o rádio já nao é tao importante. Talvez eles estejam concentrando agora seus esforcos para tentar monopolizar a divulgacao e distribuicao de musica na internet, processar seus consumidores e outras sandices mais. Talvez seja o ocaso destes dinossauros. Talvez nao. Veremos.

Militao Ricardo
Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor.
mrmaya@uol.com.br

3.4.06

O Brasil da Periferia é o centro musical do Brasil!

O momento musical brasileiro é de uma tremenda força criativa que emerge na periferia do eixo Rio-São Paulo e nas periferias das grandes cidades.
http://www.blogger.com/img/gl.link.gif
Quem viu a reportagem inicial da nova série apresentada Regina Casé no Fantástico (TV Globo) de ontem à noite (2/4/2006) viu a ponta do iceberg. Tudo isso devido à maneira como as novas tecnologias digitais de gravação e distribuição de músicas estão sendo utilizadas para dar vazão à musicalidade do povo brasileiro.

Estão sendo abertos novos caminhos, novas brechas para um outro tipo de democracia musical (será mesmo possível?) Some-se a isto a política de "tiro no pé" das grandes gravadoras e a surdez autoritária das elites musicais auto-entituladas "cultas" e está servido um verdadeiro vatapá antropológico-musical, bem apimentado.

Para entender melhor isto tudo recomendo a leitura da ótima matéria do jornalista Pedro Alexandre Sanches, publicada originalmente na revista Carta Capital e reproduzida no blog do autor:

http://pedroalexandresanches.blogspot.com/2006_02_01_pedroalexandresanches_archive.html

Boa leitura. E pare depois pra pensar:

O que eu poderia fazer a respeito?

Um abraço

Militao


Militao Ricardo
Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor.
mrmaya@uol.com.br