12.9.05

RIAA agora quer colaborar com o desenvolvimento da Internet

Fonte: http://www.macworld.co.uk/news/index.cfm?NewsID=12595 (12/9/2005)

A Recording Industry Association of America - Associação Americana da Indústria Fonográfica acaba de aderir ao consórcio da Internet 2 uma iniciativa de universidades e centros de pesquisa de todo o mundo que se dedicam a desenvolver novas tecnologias para melhorar a internet.

O comunicado da entidade informa que a intenção da RIAA e da associação dos produtores de cinema, que também aderiu à inciativa é desenvolver soluçoes eficientes de distribuição digital de obras artísticas que preservem o direitos dos autores e realizadores.

Até aí tudo bem. O futuro dirá se estas entidades realmente contribuirão para o debate ou se apenas farão pressão política e econômica para resguardar seus interesses.

De qualquer forma esta atitude é um avanço, se comparada à reaçao da RIAA no passado - contrária à internet. É melhor ter a poderosa instituição como aliada do que como oponente. Ao mesmo tempo as grandes corporações parecem ter entendido que não tem força para impedir o uso da internet para distribuição de obras musicais através da rede mundial.


Militao Ricardo
Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor.
mrmaya@uol.com.br

6.9.05

Música brasileira tipo exportação

Materia recebida através da lista de discussão do Fórum dos Músicos do Distrito Federal

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/economia/2005/09/04/joreco20050904002.html (5/9/2005)
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Música brasileira tipo exportação

Governo quer elevar em 50% vendas do setor lá fora em três anos

Dimalice Nunes (JB)

BRASÍLIA -A música brasileira virou item da pauta de exportações do Brasil. A Agência de Promoção de Exportações e Investimento (Apex) e o Ministério da Cultura assinaram um convênio com três associações que reúnem gravadoras independentes. O objetivo é exportar US$ 2,647 milhões em CDs, DVDs, licenciamento de faixas, distribuição digital, download e toques para celular.

O valor é modesto se comparados aos mais de US$ 1 trilhão que a indústria cultural movimenta em todo mundo. Mas os empresários estão otimistas. Serão investidos R$ 8 milhões e a meta é aumentar em 50% as exportações do setor nos próximos três anos. Metade dos recursos virá do setor privado e a outra metade do governo.

Uma das idéias é montar um circuito de shows pelo mundo, como o de jazz que ocorre nos Estados Unidos, e que se tornou um dos principais mercados de trabalho para os músicos independentes americanos. Está previsto no convênio trazer produtores e a imprensa especializada estrangeira para eventos no Brasil como forma de divulgação da música.

Para o presidente da Associação Brasileira das Gravadoras Independentes (ABGI), Sólon Siminovich, a música brasileira só não é mais vendida no exterior porque tem pouca gente vendendo.

Dentro do convênio, a ABGI será a responsável pela divulgação de artistas e da música brasileira no exterior. E a Associação Brasileira de Música Independente (ABMI) trabalhará na profissionalização do setor.

Segundo o diretor-executivo, Jerome Vonk, a idéia é capacitar as empresas para que elas possam competir no exterior. Serão feitos workshops, cursos, manuais, haverá o lançamento do portal Música do Brasil e a criação de uma marca com o mesmo nome. A organização de feiras ficará a cargo da Brasil Música e Arte (BM&A). Seu presidente, José Carlos Costa, conta que o projeto da parceria da Apex é pensado desde 2002, quando começou a organização das gravadoras independentes, que hoje somam 400.

- Precisamos trazer divisas para o país - defende Costa.

Antes, o setor musical trabalhava sem articulação. Só recentemente o segmento se organizou ao formatar um projeto que resulte em incentivos para a produção musical. Mas os fabricantes de instrumentos musicais já comemoram o resultado de dois anos de trabalho com a Apex. O convênio com a Associação Nacional de Pequenos e Médios Fabricantes de Instrumentos Musicais tem como meta exportar até o final deste ano US$ 11,5 milhões.

Em 2003, dos R$ 400 milhões faturados pelo setor de instrumentos musicais, US$ 7,5 milhões foram provenientes das vendas externas. Em 2004, o número subiu para US$ 9 milhões. Em cinco anos o setor quer ampliar suas exportações para US$ 30 milhões.

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Militao Ricardo
Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor.
mrmaya@uol.com.br