7.3.12

ECAD que cobrar de blogs que tem vídeos do Youtube

Isso vai acabar mal...

http://oglobo.globo.com/cultura/ecad-cobra-taxa-mensal-de-blogs-que-utilizam-videos-do-youtube-4233380

O ECAD está fazendo uma interpretação da lei brasileira de direito autoral, considerando que um blog que tenha inserido um vídeo do Youtube é um "retransmissor", e assim, também deve pagar.

Msis um capítulo da estratégia da nebulosa entidade privada de arrecadação de direitos autorais, que se dedica a cobrar de pequenos utilizadores de material proprietário, em vez de brigar com os grandes - e poderosos. Sem falar da sua política de (falta de) transparência interna, principalmento no que toca à arrecadação.

O paradigma da internet é outro. Compartilhar conteúdo é o que faz da rede valiosa. O Youtube já paga direitos autorais, pois lucra com a exibição dos vídeos. Os milhões de blogs que existem são na sua grande maioria não-lucrativos.

A tecnologia da internet permite saber exatamente quantos acessos foram feitos, quantas vezes o vídeo foi exibido. Porque então cobrar um valor fixo, estimado? Estimado baseado em que?

No paradigma comunicacional da rede os Blogs não são "retransmissores": A natureza técnica e lógica da rede é baseada em compartilhamento. Mas o vídeo é gerado dos servidores do Youtube. Então nem esta alegação de retransmissão é válida. O ECAD (que é privado) está querendo criar jurisprudência. Nada de novo...

O episódio é lamentável. O ECAD presta um desserviço ao desenvolvimento dum sistema saudável e justo de arrecadação e distribuição de direitos autorais ao fazer uma interpretação canhestra da legislação, que é imprecisa em relação à internet. E mais uma vez tenta extorquir pequenos usuários. Mais atrapalha do que auxilia.

O ECAD devia usar a energia de seus integrantes para desenvolver transparência no procesos de arrecadação e principalmente de distribuição de direitos autorais no Brasil. Isto sim é um entrave ao desenvolvimento da indústria cultural no Brasil.

Militao Ricardo Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor. mrmaya@uol.com.br

4.1.11

Então o Keith Richards na verdade era o "gente fina" o tempo todo!!!

Uma entrevista saborosa e looonga (1h) com o guitarrista e compositor Keith Ricards, co-líder dos Rolling Stones, simplesmente a maior banda de rock and roll de todos os tempos (Os Beatles foram a melhor...) e sem dúvida a mais longeva. Quem diria que os bad boys iriam ficar juntos até a maturidade. Estão entrando a casa dos 70 anos em atividade!

Keith Richards lançou sua autobiografia, "Life", e tem dado entrevistas para sua divulgação. Aqui uma deliciosamente longa entrevista concedida na Biblioteca Pública de Nova Yorque. Por uma hora ele fala sobre o livro e sua vida. Com sinceridade e serenidade. Keith nos transmite a idéia que é uma cara que é Feliz. Ama a música e faz o que gosta.

Ladies and Gentlemen: Keith Richards!





Militao Ricardo Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor. mrmaya@uol.com.br

18.10.10

A Música do século XXI!

Criatividade e domínio dos novos instrumentos. É necessário conhecimento musical. É genial!



Militao Ricardo Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor. mrmaya@uol.com.br

21.9.10

A cidade de Austin incentiva a música e progride muito!

Um bom exemplo onde políticas públicas inteligentes e executadas objetivamente geram bons frutos econômicos na área da cultura. A prefeitura cria condições e facilita a vida dos produtores culturais. Vão além de editais para shows, que geram divulgação e um cachê eventual para meia dúzia de músicos. Uma série de medidas que facilitam o funcionamento de casas noturnas, bares, produtoras e outras empresas da cadeia produtiva da cultura.

Abaixo o link para uma página do site da prefeitura de Austin, capital do estado do Texas, EUA. Maior sede da Universidade do Texas e segundo maior centro de indústrias de tecnologia daquele país (o primeiro é o Vale do Silíciio, na Califórnia).

A concentração de casas noturnas e oferta de música ao vivo é maior do que a de Nashville e outras cidades famosas. Segundo um artigo (Austin: uma cidade onde a cultura articula governo e sociedade - Fonte: www.culturaemercado.com.br - 5/8/2006) "...os nerds adoram música!"

http://www.ci.austin.tx.us/music/default.htm

Desculpem. Apenas em inglês.


Aqui o link para um estudo do impacto do impacto da cultura na Economia da Cidade. Em pdf, para ler ou baixar. Novamente em inglês.

http://www.ci.austin.tx.us/redevelopment/downloads/txp_2005.pdf

Fiz uma viagem para lá em 2006, pela Universidade de Santa Cruz do Sul. Conversei com o Jim Butler, da prefeitura da Austin. A rua João Alfredo, em Porto Alegre, RS, hoje lembra a 6th Street de Austin. E os texanos tem um programa de incentivo à industria do vídeo e do cinema também!


Militao Ricardo Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor. mrmaya@uol.com.br

14.6.10

Mas afinal, Brasilia, qual é a tua cara?

Vídeo-reportagem produzida pela ótima banda (e usina cultural) Móveis Coloniais de Acajú. Mostra que a diversidade, o espírito inovador, a convivência heterogênea fazem da capital do Brasil um dos locais mais interessantes do país em termos culturais. Nasceu e vive ali uma mistura dos diversos elementos da cultura brasileira, de norte a sul.

O vídeo fala da música feita hoje no planalto central, dos músicos e suas referências. Vale a pena ver.



Militao Ricardo Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor (ex-morador da capital federal e brasiliense de coração - Viva Nicolas Behr). mrmaya@uol.com.br

3.6.10

Eu não sou cachorro não

O jornalista e produtor musical Nelson Motta fêz uma coluna no Jornal da Globo aonde comenta o livro "Eu não sou cachorro não", de Paulo Cesar de Castro. Uma obra brilhante que resgata e faz justição aos artistas verdadeiramente populares da música brasileira nos anos 70, mas que eram execrados pela esquerda e direita, com suas formas elitizadas de arte.

A velha história do "andar de cima e o andar de baixo", como diria o jornalista Elio Gaspari. Este blog já tratou deste assunto num post anterior.



Militao Ricardo Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor. mrmaya@uol.com.br

9.5.10

Europa discute atualização da legislação sobre direitos autorais

Um grupo de entidades européias está trabalhando unido para uma atualização da legislação da Comunidade Européia sobre direitos autorais. O objetivo é tornar as compatíveis com as necessidades do século XXI.

Entre as organizações que integram a iniciativa estão o Bureau Europeu das Associações de Bibliotecas, Informação Documentação, Associação Alemã de Bibliotecas e o Fórum Internacional de Gestores da Musica. A lista completa pode ser vista clicando aqui.

Juntas, as entidades lançaram a "Copyright para a Criatividade – Uma declaração para a Europa", onde fazem um declaração de princípios que deverão nortear seu trabalho de desenvolvimento de uma proposta de atualização da legislação européia para os direitos autorais. O link leva a uma tradução da declaração, feita pelo José Murilo Carvalho Jr, do Ministério da cultura. O site original da declaração pode ser acessado aqui (em inglês e francês).

O site da Copyrights for Creativity pode ser acessado aqui (em inglês).

Comentário:

Interessante observar a preocupação deste grupo de entidades com a compatibilização entre a proteção aos autores, a preservação da indústria editorial (em suas várias mídias) e ao mesmo tempo permitir a circulação do conhecimento, torná-lo gratuito em instâncias onde ele é aplicado para o desenvolvimento social, educação, preservação da democracia e outras finalizdades socialmente relevantes.

O texto da página inicial declara que o debate sobre direitos autorais tem sido muito focado na obediência das leis atuais que é necessário estabelecer uma agenda de políticas [públicas] construtivas que atendam às necessidades do século 21.

As entidades buscam um entendimento sereno e maduro sobre um assunto que tem sido tratado a algum tempo como caso de polícia pelo lobby das grandes corporações fonográficas e do software proprietário. É uma iniciativa importante e o grupo de entidades é representativo. A discussão adquire peso. Pode tornar-se uma boa fonte de subsídios para o estabelecimento de uma política saudável de direitos autorais, que preserve os autores e possibilite o acesso a muitas fontes de conhecimento preciosa para estudantes, comunidades e pessoas que pode se beneficiar muito com eles. E assim, toda a humanidade.

É uma escolha entre manter um sistema do século XX, que torna o conhecimento intelectual fechado, e que mantém escassos canais de distribuição em poucas mãos privadas, que lucram muito com este "conta-gotas", ou que abre a alternativa de circulação mais livre (embora regulada) do conhecimento humano para benefício de todos.

Militao Ricardo Musico, Jornalista, Produtor Musical e Professor. mrmaya@uol.com.br